Conheça o idealizador da Run for Câncer Floripa, a corrida 100% revertida ao Cepon

 Conheça o idealizador da Run for Câncer Floripa, a corrida 100% revertida ao Cepon

Roderly na corrida da Serra do Rio do Rastro. Foto: Instagram, Reprodução

No dia em que soube sobre a corrida Run for Câncer Floripa/CEPON comentei com meu marido que tinha que postar algo sobre a prova, afinal, não seria apenas mais uma corrida, estávamos falando de uma causa social: todo o valor arrecadado será revertido em prol do Centro de Pesquisas Oncológicas – CEPON, hospital de referência no atendimento aos pacientes com câncer no Estado de Santa Catarina totalmente SUS. Uma causa assim, valem muitos posts, certo?!

Já sabia sobre a corrida, que será realizada no dia 17 de novembro, com largada marcada para às 7h na Avenida Beira Mar Norte, em Florianópolis. Os percursos serão de 5km e 10km, incluindo uma caminhada de 3km. Eu já sabia que era um projeto especial, afinal a identidade visual foi assinada pelo artista Luciano Martins. O que eu não sabia era quem teve a ideia e conseguiu tirar do papel um ação que vai beneficiar tanta gente, pela saúde e pelo bem-estar que a corrida proporciona, ou mesmo por um atendimento com mais recursos no tratamento do câncer.

Há alguns dias, um corredor começou a seguir o meu perfil no Instagram e me chamou a atenção a descrição do perfil dele que dizia: “Idealizador da @runforcancerfloripa, a corrida de rua 100% revertida ao @cepon_pesquisas_oncologicas“.

Falar com o Roderly Moreira era minha oportunidade de saber como surgiu essa ideia de fazer uma prova tão legal. Seria mais uma oportunidade de ajudar a divulgar a corrida também, afinal, quanto mais gente estiver correndo pelo câncer, maior a ajuda ao CEPON e às pessoas que dependem do centro para tratamento da doença.

Foto Reprodução Instagram

Então, confere o papo com o Roderly:

Há quanto tempo você corre? O esporte sempre esteve presente na tua vida?

A minha primeira corrida foi em 2009 ou 2010, na Track&Field Florianópolis, do Shopping Iguatemi. Antes disto, sempre fui ligado ao esporte, joguei bola em Curitiba em campeonatos de suburbana, um pouco de surf por diversão, bike para locomoção de casa ao trabalho. A primeira prova de bike fiz em 2016, no Desafio Márcio May Palhoça – na Pedra Branca, um percurso de 65km. Depois acabei fazendo mais dois desvios de bike na Serra do Rio do Rastro, um de Mtb e no ano seguinte de Spd.

Nas corridas, fiz duas maratonas, a primeira de Curitiba em 2017 e esse ano a Up Hill Marathon. Mas já fiz várias provas menores e também corro em dupla com uma amiga maluca que me fez o convite, a Denise. Somos os atuais campeões brasileiros de corridas de aventura na categoria duplas mistas.

Como é a preparação para as provas? Participa de grupos de corridas?

Meu treinador é o Carlos Venturini, excelente em alcançar o melhor de você. Ele é técnico de grandes atletas do trail. Minha sequência de treinos é feita quase que 100% sozinho, recebo as planilhas e executo. Sou do tipo que prefere os treinos sozinho, mas sempre que possível faço alguns treinos em equipe.

Como surgiu a ideia de criar a corrida beneficente e por que a escolha pelo câncer como causa?

Venho tentando executar esse projeto a mais ou menos três anos, mas devido à maneira que foi feita a apresentação das propostas anteriores – abordagem, execução e outras falhas – não permitiram que o projeto fosse aceito. No ano passado, o projeto foi apresentado ao Centro de Estudos do CEPON, à atual presindenta da entidade, a Dra. Karla Zanella, que aceitou o desafio e deu carta branca para a execução.

Como eu trabalho no CEPON, sempre acreditei que uma prova de corrida direcionada à instituição – que é referência no tratamento do câncer – seria uma ótima oportunidade de apresentar e mostrar o excelente trabalho realizado pela equipe que atua lá. Uma maneira de tentar arrecadar fundos para ajudar e ao mesmo tempo de criar oportunidades. Digo isso por que as pessoas podem conhecer o CEPON e contribuir de várias formas, participando do projeto.

Essa foi a primeira corrida que idealizou?

Este projeto é primeiro, e se tudo der certo, outros virão com certeza.

A ideia é que o projeto Run For Câncer fique no calendário de corridas de Florianópolis, e para isso precisamos de um bom público participando, que abrace o projeto se envolva e compareça.

Vi que fez a prova da Serra do Rio do Rastro, que é uma prova bastante difícil. Além dos desafios de organizar uma prova, quais outros você tem pela frente em corridas que pretende participar?

A Uphill é desafiadora sim, é preciso estar bem treinado para que não ocorra nenhuma surpresa no meio do caminho. Ela se torna divertida, como todo grabde desafio, sofrido na preparação, sofrido na execução, mas prazeroso quando se finaliza. As corridas de aventura para mim são as mais desafiadoras, são 10, 12, 14, 20 horas no meio da mata, pedalando, caminhando, correndo, sobe e desce, remando em rios tranquilos e com corredeiras, com chuva, sol, frio. Estas são as provas mais desafiadoras que tenho feito ultimamente. Também estou me preparando para fazer uma maratona em outubro de 2020, a etapa do Campeonato Brasileiro de Corrida de Aventura na Serra da Canastra-MG. Serão 150km.

Qual a importância da corrida na tua vida?

Não sei definir muito a corrida, mas basicamente é uma boa maneira de se conectar com você, é um tempo em que dá para se desligar dos problemas, canalizar as energias no treino ou na prova, onde novas ideias aparecerem. Mas acredito que toda atividade física, desde que bem executada e bem acompanhada por bons profissionais, são os melhores remédios que alguém poderia querer.

Entrevista realizada em 13/09/2019.


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