Atividade física regular impacta na função imunológica e na qualidade de vida

 Atividade física regular impacta na função imunológica e na qualidade de vida

Foto: Roman Odintsov | Pexels

O estilo de vida das pessoas tem efeito cumulativo durante todo o curso da vida, com impactos positivos ou negativos que dependem de escolhas alimentares, da prática de atividade física, da espiritualidade e de padrões de relacionamento interpessoal. A afirmação é da médica endocrinologista Mari Cassol.  

De acordo com a médica Mari Cassol, os cuidados com a performance física são a base para qualquer outra medida a ser implementada visando preservar a autonomia e a saúde metabólica e cognitiva ao longo dos anos. “A pandemia, de certa maneira, mostrou a nossa vulnerabilidade. Começamos a pensar: será que a minha saúde está bem? Ficou mais evidente que precisamos, desde cedo, fazer boas escolhas. Se tivéssemos que escolher apenas um aspecto, seria a performance física, pois a prática regular de exercícios orientados previne diversas doenças. A maneira como chegaremos aos 80 anos é uma escolha que fizemos agora”, salientou.

A endocrinologista explanou sobre a sarcopenia (um tipo de síndrome metabólica que leva à perda de massa magra e eficiência na função muscular) no processo de envelhecimento. Os fatores que causam e pioram a quantidade e a qualidade muscular são categorizados em primários (envelhecimento) e secundários (doenças, inatividade e má nutrição). Explicou que idosos fisicamente ativos apresentam melhor função imunológica, com melhores respostas às vacinas, à prevenção de doenças e à manutenção da capacidade cognitiva.            

Em relação à sarcopenia, salientou que o exercício é a opção de tratamento mais importante e consistente, pois melhora o metabolismo e a função do músculo esquelético. “O exercício pode proteger a função imunológica e muscular contra os efeitos prejudiciais do envelhecimento. Como o nível de atividade física está inversamente correlacionado com todas as causas de mortalidade, o exercício emerge como o principal impulsionador da longevidade. Além disso, a única intervenção estatisticamente significante para prevenção de declínio cognitivo/demência de Alzheimer é o exercício físico precoce”, frisou, ao acrescentar que a prática deve ser orientada e respeitar a individualidade de cada pessoa.

Bem-Viver SC

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